sexta-feira, 9 de março de 2018

Manual orienta jornalistas sobre cobertura de fatos policiais na Argentina





A Defensoria do Público de Serviços de Rádio e Televisão da cidade de Buenos Aires, na Argentina, lançou um Guia para o tratamento responsável por parte dos jornalistas em relação às notícias policiais.
O material traz recomendações para a cobertura jornalística policial que busquem pela preservação da dignidade humana, com respeito aos direitos constitucionais, sem promoção de estereótipos e com respeito aos direitos humanos. O manual orienta ainda sobre os aspectos jurídicos que não torne vulnerável os direitos humanos e mostra como funciona a estrutura judicial da Argentina.
O guia elaborado pela Defensoria do Público na Argentina pode ser obtido gratuitamente na página da internet da organização, através deste link: http://defensadelpublico.gob.ar/guia-para-el-tratamiento-periodistico-responsable-de-noticias-policiales/
Os casos mencionados no guia foram debatidos com as/os trabalhadoras/es dos meios de comunicação de Buenos Aires, desde os jornalistas até os produtores/as dos programas de TV, com o objetivo em promover uma reflexão, de maneira conjunta, sobre a veiculação dos programas policiais. Foram realizadas capacitações, leituras de materiais específicos e debates sobre leis, legitimidade e potenciais abordagens alternativas sobre o tema, que não violem os direitos humanos. 


Brasil – No Brasil, desde 2016, uma plataforma online recebe denúncias dos/as internautas sobre violações de direitos por parte dos chamados programas policialescos.  Plataforma Mídia sem Violações de Direitos é um mecanismo em que qualquer cidadão poderá fazer reclamações sobre possíveis abusos cometidos por emissoras de televisão. As denúncias serão analisadas por um grupo de monitoramento e, na sequência, gerarão o Ranking Nacional de Violações de Direitos Humanos na TV aberta.
A Plataforma é um instrumento da campanha homônima Mídia sem Violações de Direitos. Tais iniciativas nasceram do projeto Violações de Direitos na Mídia Brasileira, realizado pela Andi – Comunicação e Direitos, em parceria com a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos (PFDC), o Intervozes e a Artigo 19. Uma de suas etapas consistiu na realização de monitoramento de 28 programas policialescos veiculados pela televisão ou pelo rádio, por 30 dias, em dez capitais brasileiras. O estudo revelou a ocorrência de 4.500 violações de direitos e 15.761 infrações a leis brasileiras e a acordos multilaterais ratificados pelo Brasil.


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