terça-feira, 28 de novembro de 2017

Projeto propõe protagonismo e mobilização comunicativa em comunidade de Bayeux



A juventude de Bayeux, precisamente na área da cidade denominada Mutirão, vem se engajando no projeto Comunidade Integradora, uma iniciativa que recebe cerca de 250 adolescentes para dialogar sobre temas como direitos humanos e assuntos relacionados. O projeto funciona no Centro da Juventude, serviço da Pastoral dos Migrantes, com o apoio da instituição irlandesa Misean Cara 

No mês de outubro, aproveitando a pauta relativa à democratização da comunicação, o FINDAC realizou uma oficina no projeto, para fazer uma análise crítica de como a mídia aborda comunidades periféricas. A oficina ministrada pelo ministrada pelo jornalista Marcelo Soares, assessor da Fundação Margarida Maria Alves, juntamente com o jurista popular Anderson Santana e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB, Wigne Nadjare, apresentou legislações que envolvem a questão da violação de direitos humanos na mídia, alguns vídeos de exemplos e sobre a concentração de concessões públicas de comunicação nas mãos de políticos, o que é inconstitucional. 

Os jovens denunciaram que a rádio comunitária do bairro não cumpre sua função social e que a televisão estereotipa de uma forma negativa os moradores das comunidades. Eles demonstraram sua preocupação com a impossibilidade de mudanças concretas desse cenário.  

Íris Lima, agente de desenvolvimento do projeto, ressalta que a percepção dos jovens é de que a mídia não aborda nada de positivo sobre a comunidade do mutirão e que até mesmo uma pesquisa no  Google aponta apenas para relatos de violência.  

Ela comenta que discutir o que a midia está mostrando dos jovens, negros e das comunidades vulneráveis, abrem-se novas perspectivas. “Quando eles mesmos identificam os rótulos impostos a eles pela mídia, os jovens reconhecem que podem mobilizar para mostrar o diferente”, relatou. 

A agente de desenvolvimento acrescenta que esse tipo de discussão é essencial para mostrar aos jovens que eles sao a maior ferramenta de comunicação e de modificação social. “A partir disso, os participantes conseguiram entender que a mídia viola vários direitos seus”, acrescentou Íris. 

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